Na semana Homem de Aço no site Quadrim não poderia faltar uma lista das melhores histórias em quadrinhos do Superman. Foram escolhidas apenas histórias modernas do herói, após a Crise nas Infinitas Terras e de relativo fácil acesso a quem se interessar em comprá-las. Se você não tem todas, é bom procurar imediatamente em sebos e lojas de quadrinhos porque merecem muito estar na sua coleção!
10 – PAZ NA TERRA – Paul Dini e Alex Ross
Nem só de socar bandido vive um super-herói. Principalmente o maior de todos eles, que sente em seus ombros o peso do mundo. Por isso, Paul Dini escreveu essa emocionante narrativa sobre uma mudança de atitude do homem que pode ver planetas distantes no espaço, mas parece não enxergar um grande mal que acomete as pessoas menos favorecidas: a fome. As belas pinturas de Alex Ross ressaltam a humanização do personagem e a tristeza da história que deu início a uma série com super-heróis da DC enfrentando outros inimigos intangíveis do mundo moderno.
09 – A MORTE DO SUPER-HOMEM – Vários
Uma jogada de marketing? Com certeza. Mas uma história bem divertida, por que não? Assim os escritores e desenhistas dos quatro títulos mensais do personagem na época se reuniram para contar como um Homem de Aço poderia ser morto. A aparição de um novo vilão, Apocalypse, a ação do início ao fim e a participação da Liga da Justiça contribuem para uma morte fora dos clichês que seriam esperados. Afinal, o objetivo era recolocar o Superman na mídia após o hiato dos filmes e conseguiu agradando os fãs.
08 – O RETORNO DO SUPER-HOMEM – Vários
A história começa com 4 novos “Super-Homens” e o leitor sem saber exatamente em quem acreditar. Com bons desenhos e um roteiro afiado, cheio de reviravoltas, O Retorno foi ainda melhor que a Morte, começando uma nova fase no personagem e criando novos vilões e heróis que ainda hoje fazem sucesso na DC. Foram as duas sagas do Superman que valeram a pena serem lidas nos anos 90.
07 – O HOMEM DE AÇO – John Byrne
Com a Crise nas Infinitas Terras e o fim dos universos paralelos (sei…), o Superman precisava ser modernizado. Ficaram de fora a origem às portas da Segunda Guerra Mundial e outros “últimos filhos de Krypton”, como a Supergirl e Krypto, o Supercão. Até mesmo os vilões foram mudados: Lex Luthor, de cientista maluco, passou a ser mega-empresário, por exemplo. Muitos fãs até hoje detonam a reformulação feita por John Byrne por descartar quase tudo da chamada Era de Prata, mas a enxugada de conceitos e personagens ligados ao herói após 50 anos de cronologia desorganizada trouxe novos leitores e simplificou o trabalho para adaptações em outras mídias.
06 – OLHO POR OLHO? – Joe Kelly, Doug Mahnke e Lee Bermejo
Considerada exageradamente a melhor história da década (foi publicada em 2001), o confronto do Homem de Aço com o novo supergrupo Elite é uma daquelas narrativas que precisam ser feitas de tempos em tempos para responder à pergunta “Por que deve haver um Superman?”. Com o surgimento (e sucesso) de heróis que matam e não se preocupam muito com as consequências de seus atos, tanto na DC quanto em outras editoras, seria normal questionar a existência do maior escoteiro do mundo, considerado antiquado por leitores mais jovens. E nada melhor pra provar a importância do Superman que um confronto com uma “homenagem” ao grupo Authority.
05 – AS QUATRO ESTAÇÕES – Jeph Loeb e Tim Sale
Depois do enorme sucesso de O Longo Dia das Bruxas, a dupla Jeph Loeb e Tim Sale iniciou uma série de histórias que contavam os primeiros dias de grandes heróis de Marvel e DC. Poemos ver um Clark Kent ingênuo e relutante de seguir seu destino ainda antes de se tornar um super-herói até suas primeiras aparições públicas em um conto simples e cativante. Tim Sale se dedicou bastante nesse projeto, fazendo alguns dos seus melhores desenhos.
04 – IDENTIDADE SECRETA – Kurt Busiek e Stuart Immonen
Clark Kent é um garoto que recebeu esse nome em homenagem a um personagem de quadrinhos e sofre por isso. Em um mundo igual ao nosso, sem alienígenas, mutantes e super-heróis, Clark descobre ter os mesmos poderes do herói com seu nome. E agora? Com essa premissa básica, Kurt Busiek (Marvels) mostra mais uma vez seu talento para explorar a visão realista de acontecimentos fantásticos, com consequências prováveis e sem as amarras da cronologia. Ótimos desenhos de Stuart Immonen.
03 – ENTRE A FOICE E O MARTELO – Mark Millar, Dave Johnson e Kilian Plunkett
As histórias da linha “Elseworld” (Túnel do Tempo no Brasil) da DC já fizeram muito isso: o foguete vindo de Krypton aterrissa em um lugar diferente de Smallville e o pequeno Kal-El é criado por pais diferentes, pode até ficar maligno, mas alguma coisa (ou alguém, normalmente Lois Lane) o influencia a se tornar um grande herói. Na verdade é o mesmo Superman que conhecemos. No mundo de Entre a Foice e o Martelo não é bem assim, a mudança na criação e a cultura soviética realmente mudam o personagem. Por isso, podemos ver um Superman muito mais ativo politicamente em uma grande história. Não há nada de previsível e o curso dos acontecimentos vão deixando o leitor cada vez mais surpreso. Um dos melhores trabalhos de Mark Millar, sem dúvidas.
02 – GRANDES ASTROS: SUPERMAN – Grant Morrison e Frank Quitely
Pegue 70 anos de cronologia do Homem de Aço, dando destaque ao visual e ideias da Era de Prata (que John Byrne havia descartado), e misture com conceitos psicodélicos do escritor mais pirado dos quadrinhos. O resultado é a sensacional Grandes Astros: Superman que traz: Ameaças extraterrestres, Lex Luthor como nunca antes, humor, tragédia e filosofia. Ao mesmo tempo em que agrada aos fãs mais fervorosos, Morrison criou uma história acessível a qualquer leitor, magistralmente ilustrada por Frank Quitely em seu melhor trabalho. Imperdível!
01 – REINO DO AMANHÃ – Mark Waid e Alex Ross
Ao contrário das anteriores, Reino do Amanhã não é essencialmente uma história aberta a qualquer um. Você precisa gostar do Universo DC, conhecer suas “famílias” e entender porque é apelidada de “o que aconteceria se a Image invadisse a DC”. É mais uma trama de conflito de gerações, em que devemos relembrar a simples diferença entre um super-herói e alguém que possui superpoderes. E no centro disso está o primeiro de todos, Superman. As decisões, acertadas ou não, que vão fazendo o conflito acontecer são dele. Melhor série limitada de Mark Waid, fã declarado do personagem e grande conhecedor do Universo DC, que se aliou a Alex Ross, que estava no auge e pôde homenagear com pinturas espetaculares os principais heróis da editora.
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Ótima lista. Minha preferida pessoal é grandes astros superman, melhor coisa que o Morrison escreveu, em minha limitada opinião. Gosto bastante das historias do Alan Moore: para o homem que tem tudo e o que aconteceu com o homem do amanhã. Li recentemente olho por olho e gostei das referências ao Authority, mas realmente é uma história superestimada. Também senti falta de legado das estrelas na lista Quanto ao Reino do Amanhã, acho sensacional mas acho mais uma história da liga do azulão.
Lista muito boa. Mas faltaram duas que pra mim são top 5. “Para o homem que tem tudo” e “O que aconteceu ao Home de Aço”. Incluir a morte e o retorno do Superman, alem do encontro dele com a Elite; mas não incluir essas duas é sacrilégio.
No mais, lista bacana.
Feroz, conforme o Leo explicou, ele só considerou histórias pós-Crise, portanto essas não entraram por esse critério.
Tah sertu! hehe
Ah… se é assim,tudo bem.
Eu não curti tanto “O que aconteceu ao Home de Aço”, mas “Para o homem que tem tudo” é incrível.
Fiquei feliz dever Identidade Secreta,que eu vejo, infelizmente, muita gente esquecendo.