E aí, #TropaQuadrimcast, mais um Quadrim Entrevista com mais um quadrinista nacional! Desta vez, entrevistamos o criador da webcomic Nem Morto e como muitos outros quadrinistas, buscando financiamento de um projeto no Catarse! Falamos um pouco com Leonardo Finocchi!
Quadrim: Leo, a pergunta básica que fazemos aos entrevistados: como você começou a ler quadrinhos? Quais são seus artistas, personagens, histórias preferidas?
Não lembro como comecei, só lembro de ler quadrinhos desde criança. Com o passar do tempo, gostei de artistas, personagens e histórias diferentes, fica difícil escolher alguma coisa. Mas lembro de ter gostado muito da Era do Apocalipse dos X-Men, não sei se for reler agora, vou gostar. Mas normalmente gosto de história despretensiosas e que me façam rir, alguns exemplos recentes são Scott Pilgrim, Remake ( o autor se chama Lamar Abrams), Quadrinhos A2. E gosto de histórias pós apocalípticas também, tipo Walking Dead.
Quadrim: Além de quadrinista/ilustrador, você também já trabalhou muito com animação. O que é mais prazeiroso para você, fazer quadrinhos ou animações? E quais as dificuldades que cada área apresenta?
Na verdade, eu trabalho com animação, é como pago minhas contas. Acho as 2 atividades maneiras, mas o grande lance de fazer os meus quadrinhos é poder fazer minhas histórias, o que não faço fazendo animação, mas isso, de jeito nenhum, quer dizer que animar é ruim.
Quadrim: Dentre seus trabalhos, você participou de várias edições da Mosh! e da sucessora Jukebox (revistas independentes publicadas entre 2003 e 2007). Como surgiram essas participações e qual foi a importância que ambas as revistas tiveram para você?
Surgiram depois que conheci o Renato Lima, um dos editores da Mosh! e depois editor da Jukebox, perguntei se poderia fazer alguma coisa e ele disse “faz”, começou assim. Acho que foi importante pra eu ver que podia publicar as minhas histórias.
Revista Jukebox
Quadrim: Após a Mosh!/Jukebox, você esteve em dois famosos projetos: “Pequenos Heróis”, do Estevão Ribeiro e “MSP Novos 50”, o terceiro livro da trilogia MSP. Como foi trabalhar nessas duas coletâneas?
Nesses 2 trabalhos foi tudo tranquilo, o Estevão Ribeiro, que fez os roteiros, sempre dá uma grande liberdade pra desenhar. Pequenos Heróis ganhou o HQMix de Melhor Publicação Infanto Juvenil de 2010, um grande reconhecimento pra todo mundo que participou!
E a chance do MSP Novos 50 surgiu depois de ter feito o Pequenos Heróis, o Sidão viu a história lá e chamou a gente (eu e Estevão) pra fazer a história. Não soube nem como reagir quando ele fez o convite, uma tremenda honra desenhar a Mônica e a turma com o próprios traço, sem palavras. É uma parada que me deixa muito feliz de ter feito!
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- Pequenos Heróis
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- MSP Novos 50
Quadrim: E não podemos deixar de falar de “Nem Morto”, sua webcomic. Tá certo que zumbis estão em voga, mas você deu uma visão diferente ao fazer um zumbi “praticamente vivo”, que gosta de jogar Wii, beber cerveja e azarar a mulherada. Qual foi a origem do personagem?
Ele surgiu quando resolvi pedir pra um amigo meu o Bart Rabelo escrever alguma coisa pra desenhar e ele criou o Nem Morto, ainda com outro nome. Guardei o roteiro das tiras na gaveta, passaram anos e eu resolvi desenhar alguma coisa, lembrei disso.
Peguei o roteiro, reli, percebi que muito do que gostava inicialmente já não tinha mais a mesma graça, modifiquei pra ficar mais com a minha cara, com o que achava mais engraçado depois de tanto tempo e passei a escrever os roteiros, além de desenhar.
O adorável zumbi que joga wiiU
Quadrim: No ano passado (2012) você lançou a primeira edição impressa das tiras. Como foi o processo desde o surgimento da ideia até ter em mãos os volumes impressos?
Foi bem longo, demorou meses. Nunca tinha lidado com gráfica, foi um aprendizado, achei bem complicado!
Quadrim: Agora você lançará o segundo volume, desta vez com financiamento (100% obtido) via Catarse. Porque a escolha de usar o Catarse e não publicar independente como no primeiro volume ou quiçá encontrar uma editora?
Sendo sincero, a escolha do Catarse foi pelo dinheiro, não ia ter como bancar do meu bolso mais uma vez. E o Catarse é uma ótima ferramenta hoje em dia pra um independente publicar. Nem pensei em editora, acho que seria igual a deixar um filho pra outra pessoa criar.
Como convencer seu amigo!
Quadrim: Mesmo com o projeto garantido, ainda tem alguns dias pra quem quiser colaborar (o projeto se encerra no dia 03/10), o que você diria a quem pensa em colaborar mas ainda não se decidiu?
Que é a melhor forma de garantir o livro e ainda tem como levar o primeiro livro junto, tudo com um preço camarada!
Quadrim: E com as tiras sendo publicadas no site, o segundo volume em breve saindo impresso… O que podemos esperar de Leo Finocchi no futuro?
Será que posso dizer? Estamos com Futuros Heróis, que seria a continuação de Pequenos Heróis, só que agora a homenagem é pros heróis da Marvel, no forno, deve sair no FIQ em novembro.
Quadrim: E pra finalizar, que recado você daria a quem pensa em trabalhar com quadrinhos, seja desenvolvendo webcomics, webtiras ou partindo pra publicação impressa…
Procure um trabalho que dê dinheiro e viaje pelo mundo hahahaha! Mas se mesmo assim você quiser fazer quadrinhos, desenhe bastante e aproveite a internet, é o melhor meio pra divulgar seu trabalho.
É isso aí, tropa, se você quiser ainda dá tempo de contribuir com o projeto do Leo! Clique na imagem abaixo e colabore, com 10 reais você já ganha a versão digital (15 se quiser o primeiro volume) e com 30 reais você tem a edição impressa e autografada (e se quiser o primeiro volume junto, sai tudo por 50 reais!)
O projeto Nem Morto vai até o dia 03 de outubro!
Nerds e Apaixonados por cinema, séries de TV, animação, games e, especialmente, quadrinhos; os membros da Quadrim se reúnem aqui pra dar sua opinião, mesmo sem ninguém pedir, sobre todos os assuntos que fazem parte desse maravilhoso mundo.
