Olá, amiguinhos.
Sei que estou atrasado, mas é por uma boa causa. Reta final no meu MBA (UHAUHAUAHUA PÓS GRADUAÇÃO), loucuras do TCC e alguns probleminhas pessoais fizeram esta coluna atrasar. Mas, como a gente sabe, coisa boa vale a pena esperar (HUMILDADE MODE OFF). Pelo menos agora sou pós-graduado, ou seja, mais tempo para ficar sem fazer nada. \o/
O que mais poderíamos falar, a não ser das últimas notícia da Nova York Comic Con.
Meu amigo Daniel HDR aproveitando para ser assediado pela Barbara Gordon em Nova York.
As convenções são uma grande zona, onde os fanboys e fangirls tem a chance de encontrar outros como eles mesmos (afinal, nerds são bichos solitários em alguns habitats) e principalmente, ter contato direito com quem faz, artistas, criadores, roteiristas, produtores, editores, etc. E isso é muito mais legal se você mesmo for um artista, pois a chance de você mostrar seu portfólio, falar com fãs, tornar-se conhecido, etc.
Obviamente, esses eventos se tornaram palcos de alguns acontecimentos e anúncios deveras curiosos. Esse ano, tivemos, por exemplo, na NYCC 2013, o anúncio da volta do Miracleman (FINALMENTE, DIGAÇE DE PASAGI) depois de ter os direitos adquiridos pela Marvel Comics, provavelmente usando seu nome original, Marvelman.
A notícia é sensacional, mas anunciá-la ao vivo, para milhares de fãs malucos em um stand, é uma grande maneira de engajar os nerds, envolvê-los, torná-los parte do show. O que é MUITO legal. Mas…
Não, a falha não é nunca ter um cosplay do Cão Vergonha. Mas poderia ser…
Já dizia minha mãe (ainda diz, porque ela não morreu) que tudo que é muito, acaba sendo demais. Assim como os eventos dentro das revistas ficaram vazios, os eventos sobre os personagens podem estar começando a passar pela mesma coisa.
“Como assim, Faccas? Quer dizer que você não surtou com as novidades da NYCC?”
Sim e não, caro gafanhoto.
Olha, eu nunca fui numa convenção gringa. Já em diversas aqui no Brasil, como a JediCon, a Brasil Comic Com, as MILHARES de convenções de animes que tem por ai e digo que é de fato muito divertidos.
MAS….
Para uma convenção onde os criadores são atração, honestamente, achei a NYCC bem nhé. Beleza, tivemos a revelação do Marvelman, mas é uma história com mais de 20 anos. Mensais surpresas mesmo foram a do Loki e a do Surfista Prateado feita pelo Dan Slott e Mike Allred no estilo de Doctor Who, mas e o resto?
Tivemos 75 anos do Superman, cara.
75 ANOS DO MAIOR HERÓI DA INDÚSTRIA.
E nada, Warner? Animal o desenho (confiram acima se você ainda não viu), mas foi muito pouco. Para o ano que vem, os 75 anos do Batman, inúmeros projetos já lançados, inclusive com participações importantes como Denny O’Neil e Frank “The Godammit Writer” Miller.
Nenhum trailer do filme de explodir cabeça.
Nada de Star Wars (opinião aqui que vale é a minha, escreva a sua nos comentários)
CADÊ NOTÍCIA, PORRA! STAR WARS, CARAIO!
Achei bem pouco para um evento tão prestigiado.
Isso mostra um pouco como o mercado esta saturado. O hype chega em níveis altos fora mesmo das histórias. Notícias lançadas apenas pensando na repercussão apenas. Lógico que o MASSAVEÍSMO é a alma do negócio, mas no meu entender, ficou faltando algo.
Por outro lado, os últimos 3 anos de convenções tivemos os anúncios de Vingadores (como todo o elenco reunido, lembre-se), Man of Steel, o Reboot da Dc, a compra da Marvel e da Lucasfilm pela Disney, o anuncio do fim do período de Matt Smith como Doctor, enfim, muita coisa boa, bacana e pode ter me acostumado mal.
Isso foi épico demais, né?
Por outro lado, a parte feita pelos fãs e artistas esta cada vez melhor. Mais espaço na Artist Alley, mais gente vendendo suas artes, mais fãs tendo seus encontros com seus ídolos, as festas depois dos eventos, os festivais de cosplays e as fotos épicas (em todos os sentido) geradas a partir disso tudo.
Fãs sendo fãs e se divertindo.
Ele parece estar se divertindo, o resto da galera, discordo.
Enquanto a indústria estiver entregando esse entretenimento para as pessoas, as coisas continuaram a caminhar. O problema é que chega cada dia mais perto que as pessoas não vão mais precisar da indústria para isso.
Inté, champs!
PS: Inveja branca do pessoal que vai no FIQ 2013, viu? Hunf, Geoff Johns, Ivan Reis e GEORGE PEREZ no mesmo lugar… Mas a Quadrim vai mandar seus representantes, aguardem novidades. Olha quanta gente bacana!
PS2: Gostaria de deixar registrado aqui o pessoal que se formou comigo na turma de Gestão de Marketing do MBA da ESAMC Santos. Um ano e meio de sacrifícios, de dormir pouco, de deixar a família de lado, em busca de um objetivo. Ele chegou, amigos. Parabéns Gustavo, Simone, Kamila e Mariana e obrigado por tudo. E parabéns pra mim também, porque tem coisa minha ai.
Somos campeões!
André Faccas - 29 anos, aprendeu a ler com quadrinhos, que se tornaram tão vitais quanto Água e oxigênio. Nunca leu Sandman, acha Alan Moore superestimado e sente saudades de Frank Miller, antes de ser abduzido pela mídia. Mestre Jedi e espião do MI6, com licença para trollar.
