A Guerra dos Tronos: Board Game
Título original: A Game of Thrones: The Board Game (Second Edition)
EUA, 2011
Autor: Christian T. Petersen
Arte: Tomasz Jedruszek e Henning Ludvigsen
Editora: Fantasy Flight Games / Galápagos Jogos
Tempo: 180 minutos
3 a 6 jogadores
A partir de 14 anos
Respondendo à primeira possível pergunta: Sim, se você é fã dos livros ou da série este jogo é obrigatório. Ou você compra ou convence um amigo a comprar. As principais Casas de Westeros – menos os Targaryen, mas há uma boa explicação -, um grande mapa do continente, muita intriga e cartas com os personagens mais conhecidos. Tudo isso em um jogo divertido, mas que pode assustar quem não está acostumado com jogos que duram mais de duas horas.
A história de Guerra dos Tronos: Board Game se passa no fim do primeiro livro, após a morte do rei Robert Baratheon. Westeros vive um clima de tensão e os senhores das Casas Stark, Baratheon, Greyjoy, Lannister, Martell e Tyrell disputam o poder. Os Targaryen, ou melhor, Daenerys Targaryen encontra-se fora de Westeros reunindo forças para uma invasão, por isso ficou de fora.
Mas ao contrário das histórias de George R. R. Martin, neste jogo não é necessário tomar Porto Real para se consagrar rei (é claro que é bem legal quando se consegue!), bastam sete castelos ou fortalezas em quaisquer áreas do reino. Para isso, cada jogador precisa recrutar exércitos de cavalaria, infantaria, catapultas e até navios que receberão ordens para marchar por território inimigo, impedir ordens alheias, garantir suprimentos às tropas, forjar alianças que podem durar apenas uma ou duas das 10 rodadas do jogo, enfrentar a ameaça dos selvagens e ainda proteger o que já conquistou. Parece muita coisa? E é mesmo, por isso a duração média de uma partida gira em torno de 3 horas.
Além do tempo, o famoso “setup” pode afugentar jogadores casuais. Trata-se da etapa antes do início da partida em que as peças são posicionadas no tabuleiro, as fichas e cartas distribuídas de acordo com as Casas e as regras são explicadas. Dificilmente você conseguirá fazer isso em menos de trinta minutos com um grupo iniciante em Guerra dos Tronos: Board Game. Mas vencido esse desafio, o jogo valerá o esforço.
Por não possuir rolagem de dados, o fator sorte é baixo, se limitando às cartas de Westeros e dos selvagens. Mas o que determina a conquista de territórios é a estratégia. Seguir pelo mar ou por terra? Descer para o Sul? Subir ao Norte? Será que um pacto de não-agressão com determinada Casa pode ajudar? Marchar com todos os exércitos? Oferecer suporte? Todas essas decisões influenciam na partida. E na hora do combate é a vez de escolher bem as cartas, seja um Ned Stark ou um Tyrion Lannister. Até mesmo quando sai a carta Fúria dos Reis e é preciso apostar nos marcadores de influência, a estratégia está presente ao gastar todas as suas fichas.
O único problema de Guerra dos Tronos: Board Game é o frágil balanceamento das Casas. Dependendo de qual você escolhe entre um grupo de jogadores experientes a conquista de castelos pode ser mais ou menos difícil. Principalmente em um mapa com muitas áreas desprotegidas, como em partidas para 3 ou 4 jogadores. Por isso, recomendo fortemente ter todas as 6 Casas na mesa. Como bem disse Cersei: na Guerra dos Tronos ou você ganha ou você morre.
Guerra dos Tronos: Board Game e outros jogos de tabuleiro podem ser alugados, com envio para todo o Brasil, através da Boardgame Em Casa. Conheça os planos disponíveis no site da BGC.
Leo Spy é colecionador antigo de quadrinhos, mas nem tanto quanto certos velhos do Quadrimcast, fã de cinema desde sempre e de vez em nunca escreve contos que um dia alguém vai ler. Edita podcasts em troca de encadernados pra viver.
Esse jogo é muito bom! Principalmente pq não requer o uso de dados! Recomendo!