Quadrim Entrevista - Mylle Silva

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Yokoso, #TropaQuadrimcast! A semana começa e temos outro QUADRIM ENTREVISTA, desta vez com um tema relacionado ao Japão feudal e a uma samurai! Sim, você leu direito! Conversamos com MYLLE SILVA e sua obra A SAMURAI!

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Quadrim: Mylle, a pergunta básica que fazemos aos entrevistados: como você começou a ler quadrinhos? Quais são seus artistas/personagens/histórias preferidas?
Mylle: Preciso admitir que sou, antes de mais nada, uma pessoa dos livros. Por uma infelicidade do destino, não tive acesso a muitos gibis durante a minha infância e o livros mais próximos ou eram didáticos ou de poesia, como Castro Alves, Camões, etc. Eu tinha apenas um gibi do Rolo (muito bom, por sinal, daqueles pequenininhos), um do Tio Patinhas e um do Chico Bento. Em compensação, além de ser uma pequena devoradora de livros, eu sempre gostei muito de desenhos animados. Vi desde Hanna Barbera, Tiny Toons, Doug, até X-Men, Batman, Liga da Justiça… Mas o que me encantou mesmo quando criança foram os animes (animações japonesas). Foi então que mergulhei no universo japonês e, consequentemente, tive meu primeiro contato com histórias em quadrinhos através dos mangás (quadrinhos japoneses).

Meu segundo contato foi através das webcomics, um universo que veio até mim em 2013, através do LoboLimão. Fiz parte do estúdio e tive a oportunidade de ir a eventos e conhecer vários artistas que faziam HQ. Ao conhecer tão de perto o mercado, fui me aventurando em terras desconhecidas, lendo de tudo um pouco e aprofundando meu conhecimento na linguagem dos quadrinhos – tanto que até escrevi um!

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Quadrim: Você é uma escritora/roteirista, com o livro de contos “A Sala de Banho” já publicado. O que é mais difícil na sua opinião: escrever um conto ou montar um roteiro de quadrinhos?
Mylle: Não acredito que um seja mais difícil que outro. A diferença crucial é que quando escrevi cada um dos contos do meu livro “A Sala de Banho” eu não tinha um objetivo, escrevi pelo bel prazer mesmo. No entanto, para escrever “A Samurai” eu tinha um objetivo claro: fazer um roteiro que seria desenhado por oito artistas diferentes. Por isso, além da pesquisa para o contexto histórico, eu li alguns livros sobre elaboração de roteiro e também conto com a ajuda dos quadrinistas envolvidos no projeto.

Quadrim: Antes de falarmos de seu projeto “A Samurai”, uma curiosidade: você que encaderna o seu próprio livro! Como descobriu esse talento?
Mylle: Haha, esse foi realmente um talento com o qual eu não nasci. Escrevo desde pequena e sempre tive o sonho de publicar um livro. Quando percebi que não seria fácil ser aceita por uma editora, decidi que se era pra eu me auto publicar, que fosse em grande estilo! Penso em encadernar meu próprio livro desde 2006. E desde então sofri tentando aprender. Eu tentei e desisti várias vezes, até que em 2012 decidi tentar com as ferramentas corretas. Passei mais dois anos treinando até perceber que estava pronta para lançar meu próprio livro.

Quadrim: Falando agora d'”A Samurai”, a ideia surgiu na CCXP de 2014, mas como surgiu o roteiro? O tema de uma samurai no Japão feudal já estava rodando sua mente na época?
Mylle: Juntei a fome com a vontade de comer. No começo de 2014 coloquei no papel algumas ideias para histórias futuras – e uma delas era “A Samurai“, com esse nome mesmo. Para mim é muito natural pensar em uma história contextualizada no Japão porque eu tenho bastante contato com o assunto.

Quando anotei a ideia, logo pensei que queria uma personagem forte, tipo a Xena (eu amo a Xena, gente!), uma mulher guerreira de verdade, só que um pouco mais vestida. Em algum momento da minha vida (não sei bem quando), juntei essa ideia com um conto que escrevi em 2008, chamado “Michiko“. Peguei o final do conto e usei como uma das motivações para o roteiro. A partir de então era só sentar e escrever.

Quadrim: Você convidou um time de talentos bem diferentes para a obra, como foi essa seleção?
Mylle: Convidei pensando em quem me encanta, quem me faz suspirar pelo talento que tem. Simples assim.

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Quadrim: A obra está dividia em 8 capítulos, com 8 artistas. Os capítulos já foram criados pra cada desenhista ou você escreveu primeiro e escolheu os desenhistas depois?
Mylle: Fiz uma lista de nomes, os oito primeiros eram o meu “time dos sonhos“. Escrevi cada capítulo pensando em como cada um deles poderia fazer, mas eu não os tinha convidado ainda, por isso preferi manter a minha expectativa baixa.

Os quadrinistas que estão participando do projeto felizmente fazem parte do meu dream team e eu muito me orgulho por todos terem aceitado meu convite mesmo essa sendo a minha primeira experiência como roteirista.

Quadrim: Além dos desenhistas, você também tem o apoio do estúdio Manjericcão, do Yoshi Itice. No que o estúdio te ajuda durante o processo?
Mylle: O Manjericcão é bem novinho, mas é um estúdio formado pelo Yoshi e por mim. Como o Yoshi tem um talento incrível para desenhar e contar histórias, tê-lo por perto durante uma campanha no Catarse é ótimo, porque ele se preocupa em divulgar a campanha de formas criativas, sempre produzindo ilustrações lindas para cada conquista atingida.

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Quadrim: O projeto está com quase 60% da meta alcançada. Quem já apoiou, o que pode esperar da obra?
Mylle: Pode esperar uma HQ com uma personagem principal forte e do sexo feminino. Não sou muito fã de discursos feministas inflamados, mas na maioria das vezes em que as mulheres são retratadas nos quadrinhos, elas estão com roupas coladas/sensuais e, quando não são heroínas (ou mesmo quando são), elas só servem para serem salvadas pelos homens. Michiko é uma mulher decidida que não precisa de um herói para salva-la e viver “felizes para sempre”.

Quadrim: Pra finalizar, que recado você daria aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Mylle: Esse não é, de forma algum, um projeto de mangá. Algumas pessoas podem associar erroneamente o nome e o contexto à linguagem dos quadrinhos japoneses e, por conta de algum preconceito, ignoram o projeto. Além disso, “A Samurai” é uma homenagem que fiz ao meu amigo Claudio Seto (1944 – 2008), o primeiro quadrinista que publicou mangá no Brasil. Dentre suas obras mais conhecidas, estão “O Samurai” e “Maria Erótica“.

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E claro: o projeto só vai acontecer se receber ajuda suficiente! Se você quer que a HQ seja produzida e publicada, não deixe para depois! Tenha certeza de que, além de receber as recompensas escolhidas, você pagará artistas incríveis e fará várias pessoas felizes.

Gostaram, Tropa? Querem ver isso em suas mãos? Basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 35,00 você pode ter um exemplar sendo que o projeto vai arrecadar dinheiro até dia 08 de junho de 2015! 

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Equipe Quadrim

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