Kaijus, mangás, um garoto alienígena… Tudo isso está neste QUADRIM ENTREVISTA, #TropaQuadrimcast! Conversamos com CRIS CAMARGO e seu projeto O ÚLTIMO MARANISHI #2!
Quadrim: Cris, primeiramente queremos agradecer por nos conceder esta entrevista. Começamos fazendo a nossa pergunta básica: como você se tornou uma fã de quadrinhos?
Cris: Aprendi a ler aos 4 anos e lembro que a primeira frase inteira que consegui ler na vida estava no balão de uma HQ do Pato Donald. Meus pais sempre me compravam quadrinhos, principalmente minha mãe. Todo mês quando íamos ao supermercado eu ganhava um gibi. Na infância fiz um tratamento contra asma que me obrigava a tomar uma injeção por semana, mas eu ia felizona ao médico porque sabia que na volta ganharia um gibi da Mônica ou do Cebolinha como “compensação”. Aos 9 anos virei fã das HQs de heróis, porque meu padrinho trabalhava em uma distribuidora e me dava tudo o que sobrava da Marvel e DC nas bancas. Posso dizer que fui uma criança de sorte nesse departamento por ter tido tanto acesso a quadrinhos.
Quadrim: E o que a inspirou a sair do nível de ser “só fã” e se tornar uma artista?
Cris: De novo, o incentivo da família desde a infância. Quando criança eu não pedia bonecas ou brinquedos de presente: pedia material de desenho. Por isso que costumo dizer que desenho desde que me conheço por gente. E de tanto ler gibi, a vontade de fazer quadrinhos veio naturalmente.
Quadrim: Na página do projeto você diz que passou um bom tempo sem fazer quadrinhos, mas que as mudanças do cenário nacional a inspiraram a voltar. Quais foram essas mudanças que a influenciaram a fazer HQs novamente?
Cris: A possibilidade de auto publicação, as webcomics, o surgimento do crowdfunding, os eventos, o cenário independente como um todo. O número cada vez maior de gente talentosa e desconhecida publicando sem ter de passar pelo crivo de uma editora para chegar ao público.
Quadrim: Agora focando no “Último Maranishi”. De onde surgiu o conceito da história?
Cris: Sempre achei que notícias e teorias da conspiração sobre aliens são uma fonte inesgotável de inspiração. Além disso, sou fanática por Godzilla e filmes de kaiju em geral, que quase sempre têm seres de outro planeta no meio. Misturei tudo e daí surgiu “O Último Maranishi”. É uma história sobre temas que gosto e contada do meu jeito.
Quadrim: O projeto na verdade busca financiar o volume 2. como foi a receptividade do primeiro volume?
Cris: Muito boa, e não apenas entre os amigos. Me surpreendi com o bom resultado das vendas até o momento, principalmente nos eventos. O feedback de pessoas do mercado também tem sido bem positivo até agora.
Quadrim: A HQ está disponível online, por que você decidiu tentar um financiamento pra uma versão impressa?
Cris: Depois que publiquei o primeiro volume descobri que boa parte das pessoas prefere ler a HQ impressa, e isso independe de idade. A primeira parte começou a ser publicada online em setembro do ano passado, mas muita gente me disse que só foi ler o primeiro capítulo quando saiu a versão impressa. Outros, que acompanham a história online, sempre perguntavam quando eu iria imprimir, e alguns disseram que a leitura no impresso foi uma experiência totalmente diferente no bom sentido. Acho que isso mostra um pouco daquilo que a gente já sabe: que o online não “mata” o impresso. A impressão do primeiro capítulo foi bancada por mim. Mas é um valor que infelizmente não posso me dar ao luxo de investir a cada 4 meses – periodicidade que estabeleci para cada capítulo impresso. Por isso desta vez parti para o financiamento coletivo.
Quadrim: O projeto é da categoria “Flexível”, ou seja, será publicado não importa o quanto arrecade. Porque optou por essa modalidade?
Cris: Primeiro porque garante que cada um que apoiar receba a recompensa que escolheu, funcionando também como uma pré-venda, já que o menor valor para apoio (10 reais) inclui a HQ impressa com frete para todo o Brasil. Segundo, porque caso o valor arrecadado não cubra o custo da impressão de mil exemplares, poderá custear uma tiragem menor, o que no atual cenário de crise é melhor do que nada. O importante é garantir que seja impresso.
Quadrim: Quem já apoiou, o que pode esperar do livro caso a meta seja atingida?
Cris: Além do meu eterno agradecimento devidamente registrado, terá um exemplar de qualidade técnica igual a do primeiro capítulo. E prometo caprichar na capa.
Quadrim: Pra finalizar, que recado você daria aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Cris: Primeiro, não se assustem com o fato de ser uma história em dez capítulos. Essa HQ é mais do que um projeto editorial: é um compromisso pessoal que assumi para os próximos dois anos. Quem gostar do quadrinho poderá continuar acompanhando a história pela web, pois publico uma página nova toda semana. E por último: investir nesse projeto é incentivar mais uma artista independente que está na luta para ajudar a construir um mercado de consumo de HQs nacionais a longo prazo. Contribuir no financiamento coletivo de um projeto é colocar um tijolinho a mais nessa construção e mostrar para os artistas independentes que essa luta está valendo a pena.
Ajude esse arqueiro cego a acertar seu alvo, Tropa! Basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 10,00 (baratinho!) você receberá um exemplar garantido (já que o projeto é do estilo Campanha Flexível) e o prazo para contribuir é até 02 de setembro de 2016! Corre lá!
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