Estamos de volta, #TropaQuadrimcast! Hoje o QUADRIM ENTREVISTA vai pro norte deste país conversar sobre supre-heróis! Falando sobre seu projeto ESQUADRÃO AMAZÔNIA, nosso entrevistado é o ALAN YANGO!
Quadrim: Alan, primeiramente queremos agradecer pela disponibilidade em nos dar uma entrevista. A nossa primeira pergunta é básica: como você se tornou um fã de quadrinhos?
Alan: Eu é que agradeço por esta oportunidade. Como não poderia ser diferente, tornei-me fã de HQs durante a minha infância, tão logo aprendi a ler e pude ter em mãos as revistas que eram publicadas na época.
Quadrim: “Esquadrão Amazônia” originalmente foi criado em 2001 pelo Joe Bennett, numa ação para a Amazônia Celular. Porque decidiram retomar as histórias da equipe?
Alan: A ideia já estava latente há muitos anos. A equipe chegou mesmo a ter uma aventura não publicada e que acabou por se perder. Só recentemente eu encontrei alguns arquivos digitais deste material e postei na página do Esquadrão Amazônia, no Facebook. No início do ano tive uma conversa com o Joe Bennett e decidimos revitalizar a equipe em uma aventura inédita.
Quadrim: Além do Esquadrão, na HQ haverá a participação do Maximus, super-herói de sua autoria. Como vocês decidiram juntar esses dois universos?
Alan: A ideia de unir nossos universos de heróis já estava meio que se desenhando desde o ano passado, quando pedi a ele permissão para usar um personagem dele, o Penumbra, em minhas publicações e ele me deu o herói. Quando decidimos este ano trabalhar com o Esquadrão Amazônia vimos que já era hora dessa fusão de universos acontecer.
Quadrim: Da versão da equipe em 2001, algumas coisas mudaram: Cunhã-Poranga foi renomeada como Jurema, o Jibóia-Branca virou Sucuri e e o herói Boto está ausente. Além dessas mudanças “estéticas”, quais as mudanças principais da versão de 15 anos atrás pra nova?
Alan: As mudanças foram ideia do Joe. De acordo com ele a Jurema já devia ter se chamado assim desde o início. O nome Cunhã-Poranga parece ter sido uma mudança requisitada pela operadora de celular, na época. Sucuri nos pareceu mais sonoro que Jiboia Branca. O mesmo se aplica a Búfalo no lugar de Boi (lembrando também que o nome atual remete aos búfalos da ilha do Marajó). Segundo o Joe, o Boto vai voltar a aparecer em alguma aventura futura do Esquadrão.
Quadrim: A equipe criativa conta ainda com Allan Patrick e Márcio Loerzer, todos paraenses. Quais as influências da cultura paraense que veremos na obra?
Alan: Bom, as influências em si estão na composição dos personagens que são baseados em nossas lendas e arquétipos culturais. Iremos também mostrar um pouco do conflito entre os irmãos Açu e Jurema, ele mais arraigado às suas raízes culturais, ela mais voltada para as modernidades do mundo. A aventura vai se passar basicamente em território amazônico, logo muitos locais icônicos da nossa região certamente irão aparecer nas páginas da HQ.
Quadrim: Na sua opinião, o uso de ferramentas como o Catarse permite a criação de um mercado nacional, sem as limitações que existiam por conta da distância?
Alan: Acredito que as plataformas de financiamento coletivo, mais especificamente o Catarse, são ferramentas que possibilitam que autores independentes tenham mais visibilidade com seus projetos. Mas eu acho que essa é uma batalha que está apenas começando. Infelizmente não acredito que haja um mercado nacional de quadrinhos no momento, mas muitos guerreiros que lutam bravamente para ter seu lugar em panteão ocupado por títulos que vem do exterior. Torço para que isso tudo mude o mais breve possível e venhamos a ter um mercado de quadrinhos de peso.
Quadrim: O projeto já está financiado com sucesso e agora busca a meta estendida, podemos esperar que esse sucesso impulsione novas edições do Esquadrão?
Alan: Certamente. Esta é apenas a ponta do iceberg. Estamos planejando uma grande empreitada para o ano que vem, com novos e interessantes projetos, dando continuidade a este universo que estamos criando.
Quadrim: Quem já apoiou, o que pode esperar do livro?
Alan: Podem esperar um roteiro com muita ação e páginas fantásticas na arte magistral do Joe Bennett. Estamos trabalhando com afinco para entregar uma revista que venha a conquistar leitores de todas as idades.
Quadrim: Pra finalizar, que recado você daria aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Alan: Peço a eles um voto de confiança. Queremos com este trabalho mostrar que podemos sim produzir boas HQs de heróis por aqui. A campanha segue no Catarse até o dia 20 de setembro e esperamos contar com o apoio de todos vocês.
Prepare-se pra conhecer uma equipe completamente brasileira, Tropa! Basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 15,00 você receberá um exemplar garantido (o projeto já atingiu a meta) e o prazo para contribuir é até 20 de setembro de 2016! Corre lá!