TEM UM RATO AQUI, #TropaQuadrimcast! E ele está no telhado e neste QUADRIM ENTREVISTA! Conversamos com FELIPE CAMPOS, um autor “terrível” que falou de seu projeto no Catarse, A LENDA DO RATO NO TELHADO!
Quadrim: Felipe, somos gratos por nos conceder esta entrevista. A nossa primeira pergunta é a nossa habitual: como você se tornou um fã de quadrinhos?
Felipe: Eu que devo agradecer! Bem, eu sempre gostei de ler desde pequeno e, como desenho também, foi natural gostar de quadrinhos, onde na mesma publicação podia ver texto e ilustração com movimentos e narrativa diferente de um livro ilustrado. Comecei, como muitas pessoas, lendo Turma da Mônica e só depois de muito tempo que descobri o mangá e o quadrinho americano.
Quadrim: Antes de falar sobre “A Lenda do Rato no Telhado”, você também escreveu contos de terror pra coletânea “Rio de Janeiro: cidade de terror e medo”… Quais as suas inspirações pra fazer histórias assim?
Felipe: Situações do cotidiano, a rotina, o lugar-comum. Gosto de mostrar para o meu leitor que a minha história começa de um ponto que é possível acontecer. Quando coloco o toque sobrenatural o terreno já está bem conhecido do leitor e ele não estranha os elementos bizarros que eu gosto de escrever. Essa minha tática serve para os textos para crianças e para adultos, só os medos que são diferentes.
Quadrim: Falando agora sobre “A Lenda do Rato no Telhado”, como surgiu a ideia da obra?
Felipe: É uma história de infância. Achei que o que meus pais contavam sobre o rato que pegava os dentes de leite seria um bom conto de horror. Coloquei elementos que achei que dariam um clima pesado de tensão e pensei na melhor maneira de contar essa história.
Quadrim: Você classifica a obra como um “horror para jovens leitores”, pode explicar melhor?
Felipe: Gosto de dizer que faço histórias de horror para crianças pois sei que o público gosta de levar sustos, livros sobre monstros e fantasmas e ficar com medo. Pessoalmente, acho interessante colocar dramas e falar sobre medo e coragem, que são duas coisas que todos sentem. Infelizmente, muitas das vezes as crianças assistem filmes que não são apropriados para a idade delas, então por que não criar histórias diretamente para este público? Gosto de criar histórias que sejam divertidas e que façam pensar, fugindo do final feliz forçado e de personagens sem conflitos.
Quadrim: A campanha é do tipo “Flexível”, quais razões levaram você a decidir usar esse formato?
Felipe: Queria estar livre para, mesmo se não atingir a meta, imprimir uma tiragem menor com o dinheiro arrecadado. O lançamento está programado para a CCXP em São Paulo, e espero que outras pessoas, aquelas que ainda não conhecem o meu trabalho, passem a acompanhar os meus novos projetos.
Quadrim: Quem já apoiou, o que pode esperar do livro?
Felipe: Pode esperar medo, tensão, humor negro e um trabalho mais experimental, pessoal, sem amarras. Eu fiz tudo no projeto, desde o primeiro roteiro até a diagramação das páginas, então o leitor vai perceber anos de pesquisa em literatura que culminaram na HQ. As pessoas vão ler e reconhecer como eu faço histórias.
Quadrim: Pra finalizar, que recado você daria aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Felipe: Gostaria de dizer que, apesar de não ser o primeiro trabalho autoral, foi o que tomou mais tempo para ser pensado e produzido e o que é mais fiel ao meu estilo como escritor, pesquisador e ilustrador. O leitor terá em mãos um trabalho diferente e com mensagens tanto para crianças quanto para adultos. Faço histórias para crianças por gostar de trabalhar com o lúdico, a imaginação, mas que todos podem ler. A HQ é toda colorida em aquarela e nanquim e é bem dinâmica, com muito mais imagens do que texto.
Ajude o protagonista Miguel a enfrentar esse terrível ser, Tropa! Para isso, basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 40,00 você receberá um exemplar garantido (já que o projeto é flexível) e o prazo para contribuir é até 10 de novembro de 2016!