Quadrim Entrevista - Digude

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E hoje voltamos a falar de mangás, #TropaQuadrimcast! Não um mangá qualquer, mas um mangá 100% nacional que trata de algo bem comum (ou era…) na infância! Este QUADRIM ENTREVISTA tira seu saquinho de bolas de gude da gaveta e conversa com VINICIUS DE SOUZA, autor do projeto DIGUDE!

Quadrim: Vinicius, em primeiro lugar agradecemos a vocês por nos concederem esta entrevista. Quando a entrevista é com um “estreante” no site, sempre perguntamos: como você se tornou fã de quadrinhos?
Vinicius: Olá. Eu também agradeço muito pela oportunidade de conceder a entrevista a vocês. Eu acho que comecei da mesma forma que muitas pessoas. Quando eu era criança e estava começando a ler, minha mãe comprava as HQs da Turma da Mônica e trazia para eu ler. Assim, eu me apaixonei por ler quadrinhos. Conforme eu fui crescendo, os Super Heróis que eu via nas animações, eu fui conhecendo nos quadrinhos. Eu ia nos sebos do meu bairro e colecionava com o pouco dinheiro que eu tinha.

Meu Super Herói favorito naquela época e até hoje ainda é o Homem Aranha. Futuramente, eu conheci os mangás e aí a minha paixão por quadrinhos aumentou mais e mais.

Quadrim: Falando de “Digude”, usar uma coisa tão cultural como bolas de gude num mangá é uma decisão bem interessante. De onde veio esse tema da obra?
Vinicius: Tudo começou com um comentário de um amigo do ensino médio. Ele disse que tinha visto um mangá chamado Ilha do Jan Ken Po e isso foi uma deixa para começarmos a imaginar tipos de jogos que nunca haviam sido utilizados nos mangás. Naquela época pensamos em pião, pipa, alguns outros e bola de gude. Isso foi por volta de 2002 e brincávamos muito de desenhar as nossas loucas ideias.

Em 2008, eu decidi que queria parar de fazer quadrinhos para manter guardado e começar a publicar. Digude tinha o tema mais diferente e nostálgico. Eu estudei algumas coisas sobre o assunto e descobri informações incríveis. Em 2009, lancei o primeiro capítulo.

Quadrim: E quais foram suas inspirações pra criar a história?
Vinicius: A primeira inspiração foi o mangá que citei anteriormente, o Ilha do Jan Ken Po. Mas eu sempre fui fã de histórias com tema esportivo. Então, me inspirou muito mangás como Hikaru no Go, Slam Dunk, Hajime no Ippo, Real e Major.

Quadrim: O mangá nacional ainda tem uma forte carga de preconceito. O que você considera que pode ser feito pra mudar isso?
Vinicius: Eu já tive muitas opiniões quanto a isso nesses 8 anos fazendo quadrinho autoral. Sempre parei para tentar imaginar uma fórmula ou culpado pelas pessoas terem esse preconceito com mangá BR. Depois da revista Ação Magazine, que fez um bom investimento nesse mercado e não sobreviveu à terceira edição e, principalmente, após ver vários brasileiros ganhando prêmios de primeiro lugar em concursos de grande porte do Japão (alguns já começando a produzir para publicar por lá) e nada por aqui ter mudado, eu cheguei a conclusão que só nos resta continuar apresentando e vendendo nossas obras. Quem virar a cara, paciência…

Mesmo que alguma editora multinacional fizesse uma mega propaganda de mangás BR em redes de TV abertas e fechadas, eu acho que não surtiria muito efeito no preconceito com o mangá BR. Não vai ser de uma hora pra outra que isso vai acabar, porque duvidar da capacidade de um brasileiro em quadrinhos parece já estar entranhado na mente de grande parte das pessoas.

Quadrim: Além do Catarse, partes da obra estão disponíveis online em serviços como o Lámen e o Social Comics. Como tem sido a receptividade do uso dessas plataformas?
Vinicius: Pelo Lamen, eu ganhei algumas centenas a mais de leitores e foi muito bom, pois reforçou minhas vendas pela internet. O Social Comics é um pouquinho mais devagar em quantidade de leitores, talvez por não ser grátis. Mas muitas pessoas conheceram Digude por lá.

Quadrim: E o projeto é do estilo “Flexível” ou seja, quem contribuir vai garantir um exemplar. Porque decidiu fazer o projeto nesse formato?
Vinicius: Bom, eu fiz desta forma, porque eu já imaginava que eu não teria tempo de divulgar a campanha todo dia, buscar parceria e tal. Meu dia é muito atarefado, porque eu também vivo de fazer quadrinhos para terceiros. Tenho que fazer uma ou duas páginas por dia para os meus clientes e não sobra tempo para divulgar a campanha de uma forma melhor. O que colocaria em risco o alcance da meta.

Então, eu peguei alguns lucros das vendas de Digude mais o que eu tiro dos trabalhos com quadrinhos e juntei um valor próximo do que a gráfica cobra para a impressão. O Catarse terá a função de cobrir a parte que falta desse valor, sem risco da campanha dar errado.

Quadrim: Quem já apoiou, o que pode esperar do álbum?
Vinicius: Nele estarão presentes os 5 primeiros capítulos. Os mesmos que eu lancei anteriormente em versão “formatinho”. Porém, os primeiros capítulos terão algumas melhoras em relação ao desenho e umas páginas a mais em comparação com a antiga versão impressa. Também terão algumas tirinhas, agradecimentos e, se o espaço permitir, algumas fanarts que recebi ao longo desses anos.

Uma das recompensas será um Pôster tamanho A3. Só que o legal dele é que a arte foi-me dada de presente pelo Pow Rodrix, que já desenhou Liga da Justiça para a DC Comics e Invasão Secreta para a Marvel, além de outros títulos de mesmo peso.

Quadrim: Pra finalizar, que recado vocês dariam aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Vinicius: Digude é uma obra que vale a pena ser lida se você quiser se entreter e se divertir.

Quando o tema bola de gude em um mangá chega aos ouvidos, pode parecer algo bobo. Mas Digude é além do esporte bola de gude (Sim, esporte! Bola de gude é um esporte real, com direito a campeonato mundial realizado em países Europeus), pois possui personagens cativantes e fortes personalidades, trama curiosa, uma dose de drama, intrigas muito empolgantes, curiosidades e muita, mas muita nostalgia para quem já brincou de bola de gude na infância. Vai perder isso tudo? Corre lá na campanha, pois sua contribuição será muito importante para esse sonho ganhar vida.

O Vinicius disse tudo, Tropa! Se quiser ter essa obra em suas mãos, basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 25,00 você receberá um exemplar garantido (a campanha é do tipo Flexível) e o prazo para contribuir é até 19 de março de 2017! E venhar jogar bola de gude com a gente!

Equipe Quadrim

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