O que dizer de um projeto que não é uma HQ, mas na verdade várias HQs numa só, #TropaQuadrimcast? No QUADRIM ENTREVISTA conversamos com o quadrinista potiguar GILVAN LIRA, autor do projeto MIRAGEM que fala sobre esse projeto do Catarse!
Quadrim: Gilvan, em primeiro lugar agradecemos a você por nos conceder esta entrevista. Quando entrevistamos alguém pela primeira vez, sempre perguntamos: como você se tornou fã de quadrinhos?
Gilvan: A primeira vez que vi uma revista de quadrinhos eu devia ter uns cinco ou seis anos. Ali nascia em mim o amor pelos quadrinhos. Aprendi a ler com histórias em quadrinhos.
Quadrim: Seu projeto “Miragem”, diferente de muitos projetos, não é uma história única e sim uma coleção de HQs curtas. Por que decidiu usar esse formato?
Gilvan: Eu tenho produzido muitas HQs curtas, sem compromisso com prazos, durante anos e engavetado, planejando um dia publicar esse material. Acho interessantes coletâneas como Miragem, que tem uma variedade de gêneros como ficção científica, fantasia, humor, pela possibilidade de atingir um publico mais diversificado. O título do Projeto, “Miragem”, é um elemento comum a todas as narrativas da coletânea.
Quadrim: E quais foram as suas inspirações pra criar as histórias?
Gilvan: As histórias de Miragem tem intervalos de anos entre elas. A ideia para uma dessas HQs surgiu a partir de um estudo que fiz para um personagem. Escrevi uma sinopse da história e mais algumas anotações para a HQ que nos meus planos deveriam ter entre cinco e oito páginas e guardei. Muito tempo depois quando eu decidi trabalhar no roteiro para valer, a história evoluiu para 22 páginas.
Geralmente minhas histórias surgem a partir de uma imagem, seja mental ou desenhada no papel e a partir daí vou desenvolvendo o roteiro. Algumas vezes a história surge de uma vez e eu escrevo em prosa e depois transformo em quadrinhos. Só começo a desenhar a HQ quando o roteiro está bem trabalhado, com tudo bem definido.
Quadrim: Você é do Rio Grande de Norte, passou um tempo em São Paulo mas voltou à sua terra natal. Como você vê o cenário de quadrinhos potiguar atual?
Gilvan: Minha temporada em São Paulo foi de grande importância para a minha formação de artista de quadrinhos. Foi uma experiência enriquecedora.
Com relação ao cenário de quadrinhos potiguares, a situação atualmente é bastante promissora. As histórias em quadrinhos hoje têm mais reconhecimento como forma de expressão artística, sendo objeto de estudos no ambiente acadêmico, ajudando a romper o preconceito que ainda existe em relação a essa linguagem. Percebe-se pelo grande volume de publicações e de Grupos envolvidos com a produção de HQ no Estado, que o Quadrinho potiguar vem evoluindo e se fortalecendo cada vez mais.
Os artistas estão mais articulados, há mais facilidade de se editar de forma independente. O surgimento de eventos locais com a presença de quadrinistas tanto do RN como de outras partes do país também é um indicador de que as HQs vêm ganhando cada vez mais espaço em nosso Estado.
Quadrim: E após o projeto, ele sendo financiado ou não, quais os próximos planos?
Gilvan: Minha intenção é continuar produzindo e encontrar maneiras de publicar meu material. Miragem é só o passo inicial. Tem muita coisa sendo preparada com muita dedicação.
Quadrim: Quem já apoiou, o que pode esperar do álbum?
Gilvan: Uma coletânea de 44 páginas de histórias em quadrinhos divertidas, nos gêneros ficção científica, fantasia e espada e magia, com pitadas de humor.
Quadrim: Pra finalizar, que recado vocês dariam aos leitores que possam estar indecisos se devem investir no projeto?
Gilvan: Você que é leitor de quadrinhos e quer ler um material bacana, não pense duas vezes. Faltam poucos dias para o fim da minha campanha no Catarse e seu apoio é fundamental para a realização desse Projeto.
O projeto não é uma miragem, Tropa, ele pode se tornar uma realidade! Se quiser ter essa obra em suas mãos, basta clicar na imagem abaixo e contribuir! A partir de R$ 20,00 você receberá um exemplar caso o projeto atinja os 100% e o prazo para contribuir é até 23 de março de 2017!
Um professor de mão cheia